Operação combate garimpo ilegal em áreas protegidas de Ouro Preto

Notícia

Criado: Qua, 23 abr 2025 19:25 | Atualizado: Qua, 23 abr 2025 19:44
Ação da Semad com apoio da Polícia Militar de Meio Ambiente autua mineração clandestina de ouro e ferro em zonas de preservação e patrimônio histórico

Foto: Divulgação Sisema
Objetivo foi combater atividades ilegais de extração de ouro e ferro, especialmente em áreas ambientalmente sensíveis e com valor histórico e cultural reconhecido
Objetivo foi combater atividades ilegais de extração de ouro e ferro, especialmente em áreas ambientalmente sensíveis e com valor histórico e cultural reconhecido

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em parceria com a Polícia Militar de Meio Ambiente, realizou  a Operação Quitéria Mina III, em Ouro Preto, na região central de Minas Gerais. O objetivo foi combater atividades ilegais de extração de ouro e ferro, especialmente em áreas ambientalmente sensíveis e com valor histórico e cultural reconhecido.

A operação, realizada entre os dias 7 e 11 de abril,  foi conduzida pela Unidade Regional de Fiscalização Central Metropolitana (URFIS-CM) com o apoio da 1ª Companhia da Polícia Militar de Meio Ambiente, Pelotão de Mariana e concentrou esforços em locais identificados por denúncias, imagens de satélite e cruzamentos de dados geográficos. Entre os alvos estavam o distrito de Miguel Burnier, as proximidades do Parque Natural Municipal das Andorinhas, do Parque Estadual do Itacolomi, além da bacia do Rio Gualaxo do Norte e áreas rurais de Lavras Novas e Santo Antônio do Leite.

Segundo o coordenador da operação, Felipe de Araújo Pinto Sobrinho, a ação representa um esforço do Estado para conter danos e preservar áreas de grande importância ecológica e cultural. “Essa ação reforça o compromisso com a governança ambiental e a proteção de um território de grande importância para Minas Gerais e para o Brasil”, destacou.

Resultados e próximos passos

Durante os cinco dias de operação, foram realizadas apreensões de equipamentos, interrupção de atividades ilegais e a lavratura de autos de infração. As informações coletadas serão encaminhadas ao Ministério Público e à Polícia Civil para aprofundamento das investigações e responsabilização dos infratores.

A operação também visa subsidiar planos de recuperação ambiental nas áreas degradadas e orientar futuras ações de fiscalização. A presença do Estado em campo busca desestimular novas práticas ilegais e promover uma cultura de regularização e sustentabilidade na atividade mineral.

A seleção dos alvos se baseou em ferramentas tecnológicas como o Sistema de Denúncias Ambientais (SISDEN), imagens do MapBiomas, dados do SIGMINE/ANM e da IDE-Sisema, além de informações do programa Brasil Mais.

A Operação Quitéria Mina III reforça o papel estratégico da fiscalização ambiental em regiões de grande pressão extrativista, onde os impactos ultrapassam os limites ecológicos e afetam diretamente comunidades, recursos naturais e o patrimônio histórico do país.

Wilma Gomes
Ascom/Sisema