O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) realizou, nesta terça-feira (10), a 3ª oficina de implementação do Plano Conservador das Gerais (PCG). O plano tem como objetivo dar larga escala às ações de restauração e conservação da vegetação nativa em Minas, além de valorizar os serviços ambientais providos pelos proprietários rurais, impactando positivamente na economia do Estado. Durante a oficina foram apresentados os Diagnósticos Ambientais das bacias definidas como prioritárias no Projeto Piloto.
A Oficina foi, ainda, uma oportunidade para os municípios elaborarem e trabalharem em seus planos estratégicos para implementação dos projetos de restauração e conservação e de Pagamento por Serviços Ambientais. “Foi apresentado um histórico do processo realizado até agora, com um enfoque na implementação dos objetivos. Ainda, foi uma oportunidade para discutir e avaliar a estrutura da paisagem para o planejamento estratégico municipal, utilizando a metodologia apresentada pelos representantes da The Nature Conservancy (TNC), parceira do projeto”, explica a diretora de Projetos Ambientais e Instrumentos Econômicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Fabiana Gonçalves Moreira.
Outra etapa da oficina envolveu trabalhos em grupos, nos quais os municípios puderam debater a metodologia e o mapeamento de áreas já selecionadas, abordando as possíveis oportunidades, ameaças, pressões e potencialidades nas bacias prioritárias.
“Esta etapa é um momento importante para debatermos o potencial de restauração e conservação da vegetação nativa, com base na ecologia de paisagem; além de definirmos o plano operativo e metas por município. O Plano Conservador das Gerais reflete a necessidade de unir esforços e trabalhar em conjunto para o sucesso da agenda ambiental em Minas", esclarece Ricardo Ayres, supervisor Regional Centro Sul do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Além de representantes dos 11 municípios selecionados para o projeto piloto do PCG, a 3ª Oficina contou com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), da Emater-MG, do Consórcio CODAMA, do Instituto Federal de Minas Gerais Campus Ouro Preto, da TNC, da Conservation Internacional (CI) e da WRI Brasil.
O Plano
O Plano é desenvolvido conjuntamente pela Semad, IEF, Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), com o apoio de outros parceiros como a TNC, a Conservation Internacional (CI) e a WRI Brasil.
O PCG foi inspirado na bem-sucedida experiência de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do município de Extrema, que valoriza o fortalecimento de parcerias e a integração de responsabilidades ambientais para se implementar projetos de restauração e recompensá-las com benefícios.
O primeiro projeto piloto do PCG contemplará 11 municípios selecionados: Ouro Branco, Ouro Preto, São João Del Rey, Carnaíba, Carandaí, Itabirito, Congonhas, Ibertioga, Ubá, Nazareno e Igarapé.
Emerson Gomes
Ascom/Sisema
