Governo de MG e Instituto Galo promovem ação social para atendimento de cães e gatos em BH

Notícia

Criado: Seg, 04 out 2021 15:05 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:34


 Fotos: Filipe Medeiros

Atleticão7

A secretária Marília Melo, o presidente do Instituto Galo, Sérgio Coelho, e o Deputado Noraldino Junior também participaram do evento

 

Governo de Minas e o Instituto Galo se uniram nesse domingo (3/10) para a realizaro Festival Atleticão, ação social de prestação de serviço à população de baixa renda de Belo Horizonte. Durante o evento, foram realizadas 113 castrações de cães machos e fêmeas, mais de 250 consultas clínicas veterinárias e a doação de 1 tonelada de ração para Organizações Não Governamentais de atendimento a cães e gatos. O evento foi realizado no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), unidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), pasta do Estado responsável pela agenda de políticas públicas da fauna doméstica em Minas.

 

O festival contou também com uma feira de adoção responsável de cães e gatos (filhotes e adultos), promovida pelas ONGs Cão Mer e Moradores de Rua e Seus Cães (MRSC-BH). A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, e o presidente do Instituto Galo, Sérgio Coelho, participaram do evento.

 

Em sua fala, durante o evento, a secretária ressaltou que essa é a primeira grande ação desenvolvida pela pasta, na agenda da fauna doméstica e em parceria com instituições, para atendimento à população carente. “Estamos reestruturando a gestão da fauna doméstica na secretaria de meio ambiente e esse evento marca o início de um momento com essa prestação de serviço público, seja com parcerias com instituições privadas, seja com recursos próprios do governo”, afirmou.

 

Marília Melo ainda destacou os benefícios do trabalho. “Essa é uma oportunidade que oferecemos para pessoas que não têm acesso a esse tipo de atendimento, porque são serviços caros. Então, esse trabalho desenvolvido hoje com o Instituto Galo é muito importante. Uma castração de cão fêmea custa, atualmente, em torno de R$ 1 mil e, em gato, custa cerca de R$ 400. Então, a população está tendo hoje a oportunidade de dar os cuidados necessários a seus animais, que são entes queridos, exercem hoje um papel de membros da família, de companhia, e precisam muito desses cuidados que estão sendo oferecidos aqui hoje”, frisou.

 

Sérgio Coelho, presidente do Galo, também ressaltou o trabalho da ação social desenvolvido por meio da parceria com a Semad. “É uma maneira de o Atlético estar mais perto de seu torcedor porque o galo é do povo. Existem muitos animais na cidade e eles são muito amados pelos seus donos. Essa ação social do governo de Minas e do Galo é uma forma de ajudar esses animais a viverem mais e com mais qualidade de vida. É uma forma que o galo tem de realizar uma ação social relevante para a sociedade”, disse.

 

SERVIÇOS

 

Atleticão2

Luiz Felipe levou a cadela Nala para ser castrada durante Festival Atleticão

 

Um dos beneficiados pela iniciativa foi o estudante Luiz Felipe, que trouxe sua cadela Nala para ser castrada. “Eu acho muito importante esse trabalho realizado aqui hoje, pois dá muita acessibilidade para as pessoas, muito suporte e isso é muito bom, não só para as pessoas como também para o bem-estar animal”.

 

 

Atleticão3

Alessandra ressaltou a importância da realização desse tipo de ação

 

Para a auxiliar administrativa Alessandra Cristina, que também levou animais para atendimento, a castração evita muitos problemas, inclusive doenças. “Eu tenho seis animais resgatados da rua e a realização desse tipo de evento para mim é tudo. A maioria das pessoas não tem condições de arcar com os custos do cuidado adequado para um animal. Às vezes, esperamos meses na fila para conseguir acesso a esse tipo de serviço, por isso, esse evento é extremamente importante”.

 

Atleticão4

Marcela participa do grupo Socorro Urgente aos Animais e ajuda a cuidar de cães de rua

 

Também participante do Festival Atleticão, Marcela Aparecida Francisco conta que é da cidade de Três Pontas e, recentemente, veio morar em Belo Horizonte. “Comecei a fazer caminhadas perto da minha casa e percebi um número grande de cães abandonados e com dificuldades diversas nas ruas. Iniciei então, pelas redes sociais, um trabalho para ajudar esses animais e criamos um grupo chamado Socorro Urgente aos Animais. Quando encontro algum cão abandonado divulgo em um grupo das redes sociais e peço o auxilio das pessoas. Fazemos o trabalho de levar no veterinário para serem medicados e cuidados. A partir daí tentamos conseguir alguém que possa adotá-los de forma responsável”. Aproveitando a oportunidade do evento, ela levou o cão Rodrigo para ser castrado. “Esse serviço é muito importante, pois evita que eles se reproduzam na rua e que haja um aumento no número de animais abandonados”.

 

DOAÇÃO

 

Atleticão6

Quatro animais foram doados dutante o evento
 

O Festival Atleticão contou também com uma feira de adoção responsável de cães e gatos (filhotes e adultos), promovida pelas ONGs Cão Mer e Moradores de Rua e Seus Cães (MRSC-BH). Cristiana Fernandes da Cão Mer, localizada no Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, disse que a Ong trabalha com o resgate e a reabilitação de animais domésticos e com a possibilidade de viabilizar para eles um lar responsável. “Participamos de feiras de adoção para que esses animais consigam um lar. Esses animais são tratados, castrados, vermifugados, vacinados e aí trazemos para as feras de adoção. Trabalhamos a causa, a superlotação de população de rua, os maus tratos, as doenças, e buscamos das autoridades a castração para que essas condições de abandono e maus tratos diminuam e, com isso, diminua também o sofrimento dos animais”, frisou.

 

Já Thiago Dester, da MRCCBH, Ong Nacional presente em 17 cidades do Brasil, disse que em Belo Horizonte a Ong tem dois focos de atuação: o cuidado com cães de moradores de rua, com a realização de um trabalho desde banho até castração e consultas, e o trabalho em comunidades carentes para evitar o abandono. “Levamos a esses animais de rua e de comunidades carentes todos os serviços que conseguimos, como banho, consultas, vermifugação e vacinas, com apoio de empresas que nos patrocinam. Nosso objetivo é trazer mais dignidade para o animal que vive nas ruas e evitar o abandono”.

 

Atleticão5

Júlia  e Ícaro adotaram um filhote de dois meses

 

O casal Julia Paz e Ícaro Henrique participaram do evento e foram com a intenção de adotar um cachorro. Eles moram em apartamento e procuravam um cão que pudesse se adaptar ao espaço que eles têm. “Nosso objetivo é contribuir um pouco para a diminuição de cães nas ruas e nos abrigos. Escolhermos um filhote de dois meses e esperamos a partir de agora que ele tenha uma vida cheia de carinho e amor. Amamos muito os animais”.

 

FORTALECIMENTO DA FAUNA DOMÉSTICA

 

A Semad está trabalhando para fortalecer e potencializar a gestão da fauna doméstica. Assumido pela pasta em 2019, a partir da reforma administrativa, o trabalho visa o fomento de políticas públicas e o apoio técnico aos municípios nas ações adotadas em proteção aos animais domésticos, conforme apresentado na Lei Estadual 21.970/2017. A secretária Marília Melo destacou que é crescente a demanda para implementação de políticas relativas à proteção dos animais. Ela ressalta que o objetivo da Semad é fazer com que as demandas sejam priorizadas.

 

“É fundamental discutir as políticas públicas relacionadas à fauna doméstica com todos os atores envolvidos, além do Poder Público, também a sociedade civil organizada, escolas e universidades, gestores municipais e população em geral, de forma que as ações de proteção aos animais tenham efetividade na proteção e no bem-estar da fauna doméstica”, comenta.

 

Neste sentido, o Estado vem atuando na criação de diretrizes para a tutela dos animais domésticos, realização de articulação com outros órgãos de governo e entidades de proteção animal e protetores. Para implementação dessas ações, a Semad tem como ponto principal de partida as ações de manejo ético populacional de cães e gatos, acompanhadas de campanhas de educação ambiental humanitária, com foco na promoção da saúde e do bem-estar animal e também na prevenção e combate aos maus-tratos.

 

“Estamos prevendo em breve uma grande campanha de microchipagem, com acompanhamento desses animais, porque além de uma questão ambiental é uma questão de saúde pública, pretendemos em todo o estado, em parceria com Ongs, com outros institutos e com recursos do governo, trabalhar esse tipo de atendimento. A microchipagem será o primeiro trabalho desse tipo em Minas Gerais. É muito importante que tenhamos um banco de dados obre esses animais, especialmente os de rua para que possamos acompanhar e oferecer o atendimento necessário”.

 

Em breve será lançado um edital para que os municípios que tenham um maior número de animais em situação de vulnerabilidade possam ser microchipados.

 

Milene Duque
Ascom/Sisema