Sisema discute os efeitos do aquecimento global

Notícia

Criado: Sex, 14 mar 2008 10:16 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:34


Especialista no trato do tema Sustentabilidade, o professor do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP-RJ), Sérgio Besserman, apresentou o que ele considera o assunto mais importante do século XXI: o Aquecimento Global. "Proteger a natureza da qual fazemos parte e as populações futuras que sofrerão com as degradações é papel de todos nós", ressaltou.

O expositor relatou as transformações ocorridas no mundo desde a revolução industrial, que trouxe à tona a civilização dos combustíveis fósseis (carvão e petróleo). Segundo ele, os gases de efeito estufa artificiais, causados pelo homem a partir da revolução industrial, são principalmente o CO2, o metano e o óxido nitroso. Esses gases provêm, especialmente, do uso de combustíveis fósseis, de queimadas de vegetação e do desmatamento. Levantamentos indicam que o Brasil está em 16º lugar em emissões de CO2 provenientes de combustíveis fósseis e em 4º lugar em emissão de CO2 de combustíveis fósseis e de mudanças no uso da terra (desmatamento na Amazônia). "O que aquece o planeta não é o fluxo das emissões e sim o acúmulo, o estoque desses gases ao longo dos anos", observou o professor.

Foram abordados também os resultados do Relatório Intergovernamental Sobre Mudanças do Clima (IPCC), apresentados no primeiro semestre de 2007. Besserman apresentou os cenários para o clima no planeta e alertou sobre as recomendações dos especialistas quanto ao aumento na temperatura na Terra. De acordo com ele o homem não deve permitir que o planeta aqueça mais que 2,4 graus no Século XXI. "Mudanças indispensáveis como disposição adequada do lixo, emissão de metano, mudança nos transportes e nas construções são necessárias, pois correspondem a 75% das emissões nas grandes cidades", alertou.

O Secretário de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, comentou, durante o debate, a visão apresentada por Sérgio Besseman dos riscos que a humanidade corre se não frear os efeitos do aquecimento global. "Nossa visão é tão antropocêntrica, que não vemos que quem corre risco é a humanidade e não o planeta", destacou.

O evento contou também com a participação da professora do Departamento de Geografia da UFMG, Magda Luzimar de Abreu e do Diretor de Meio Ambiente da Fiemg, Vitor Feitosa.

13/03/2008
Ascom / Sisema