Sisema participa de painel, na Exposinbram, sobre os trabalhos de reparação em Brumadinho

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Criado: Qua, 21 set 2022 14:13 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:34


 Foto: Matheus Adler

Exposibram Dentro

Marília Melo reforçou que o governo de Minas está fiscalizando todo o processo de reparação, bem como as compensações estabelecidas

 

O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) participou, em setembro de 2022, de um painel sobre os trabalhos de reparação relativos ao rompimento da barragem B1, da mineradora Vale, em Brumadinho, ocorrido em 2019. A conversa, realizada durante a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram), teve mediação da secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, com participação do presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Renato Brandão.

 

Durante o painel, Renato Brandão e o secretário-adjunto de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Luiz Otávio Milagres, explicaram detalhadamente os planos de reparação ambiental na região atingida pelo rompimento. Renato explicou que a Feam tem coordenado o processo com apoio da Seplag e tem articulado os trabalhos com outros órgãos do Sisema, como o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a própria Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

 

“A reparação aborda todos esses temas: manejo do rejeito, monitoramento da qualidade do ar e da água, conservação da biodiversidade, manejo da fauna, espírito de governança específicas desse programa, avaliação de risco para a saúde humana, restrição do uso de água, restauração florestal e monitoramento do solo”, disse Renato.

 

Etapas

 

Durante a explicação do plano de reparação, o presidente da Feam salientou que o processo é dividido por capítulos: o primeiro, por exemplo, trata do diagnóstico anterior ao rompimento da barragem, enquanto o segundo caracteriza todos os impactos acontecidos após o fato. O terceiro capítulo traz as ações de reparação e os monitoramentos a serem feitas na bacia do Rio Paraopeba, enquanto o último tem foco na transparência das ações, com um sistema de informações e dados com todos os detalhes dos processos.

 

Ao todo, são 16 planos e programas vinculados ao plano principal de reparação, alguns deles em execução desde as ações emergenciais pós-rompimento. “Os principais programas se relacionam ao manejo de rejeitos dentro do ferro/carvão; ações efetivas fora da área crítica de dragagem do Paraopeba e intervenções que melhorem a eficiência da dragagem; discussão com a sociedade do que seriam as áreas para recuperação, inclusive, quais seriam as soluções para essas áreas”, reforçou Renato.

 

Acompanhamento

 

Marília Melo reforçou que o governo de Minas está fiscalizando todo o processo de reparação, bem como as compensações estabelecidas. Ela chamou atenção para a importância das ações emergenciais tomadas pelo estado na época do rompimento, sendo uma delas a suspensão imediata da captação de água do Rio Paraopeba, garantindo a preservação da saúde humana e animal.

 

“Em um desastre como esse, as medidas emergenciais são fundamentais para a amenização do dano. Nós tivemos uma capacidade de coordenação para dar uma resposta muito rápida diante das exigências que foram apresentadas. Isso culminou numa redução do impacto ambiental, que poderia ter sido maior se isso não fosse feito”, disse.

 

Além de Marília, Renato e Luiz Otávio, também participaram do painel a vice-presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum), Andresa Rocha; o defensor público Antônio Lopes de Carvalho Filho; e o diretor de Reparação e Desenvolvimento Territorial da Vale, Marcelo da Silva Klein.

 

*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.
 
Matheus Adler
Ascom/Sisema